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Boletim Informativo Quinzenal
FUNDASP - Fundação São Paulo Mantenedora da PUC-SP e do ASSUNÇÃO.

nº05
01/02/2022

 

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TXAI SURUÍ INAUGURA A SÉRIE DIÁLOGOS FUNDASP

Quando dois acontecimentos novos e estimulantes se conjugam, temos aí um marco digno de atenção: no dia 15 de março próximo, uma terça-feira, a Fundação São Paulo, mantenedora da PUC-SP, terá a grande satisfação de inaugurar uma série de encontros da comunidade interna e externa com figuras públicas relevantes as mais diversas, da sociedade brasileira, recebendo Txai Suruí.

Trata-se de celebrar a retomada da imprescindível dinâmica presencial da Universidade, e também de contribuir para aquilo em que a PUC-SP é imbatível e fez história: debater ideias, discutir opiniões, confrontar projetos, enfim, recuperar, de modo vibrante, o exercício do pensamento crítico, da mirada criativa e da ação transformadora, neste ano tão decisivo de 2022. Um ano que exigirá presença e atitude de todos que estejam interessados na superação das imensas mazelas nas quais o Brasil mergulhou, com um governo que promove a miséria, a doença, o desamparo e o mais profundo desalento. Tornou-se impossível fechar os olhos para isso.

Exercendo suas prerrogativas – ampliando o arco de seu caráter comunitário e expandindo suas obrigações filantrópicas – a FUNDASP oferece, assim, a sua contribuição ao debate.

Os encontros serão, em princípio, mensais, e acontecerão no formato de entrevistas, com dois ou três entrevistadores e um moderador, com plateia presencial que poderá intervir e perguntar. Será transmitido em tempo real pela TVPUC, em telões estrategicamente posicionados no campus e/ou pelas redes. A ideia é não só socializar amplamente o evento sincronicamente, mas também lidar com eventuais restrições às circunstâncias presenciais ainda decorrentes da questão sanitária.

Txai Suruí é uma jovem ativista indígena de Rondônia, que tornou-se mundialmente relevante ao discursar na abertura da COP26, (Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – United Nations Framework Convention on Climate Change), ocorrida em novembro de 2021 na Escócia, sendo a única representante indígena brasileira a participar da cúpula.

Voltaremos à sua biografia na próxima edição do Radar FUNDASP.

 

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METRÔ PUC, O INDEFECTÍVEL
VIZINHO DA FUNDASP

Cláudia é uma moça que trabalha no canteiro de obras da LINHA 6-LARANJA PUC-CARDOSO DE ALMEIDA. Este canteiro de obras é o mais próximo vizinho – e como é próximo! – do prédio da Fundação São Paulo, ali na esquina da Cardoso de Almeida com a João Ramalho. Das janelas da Fundação pode-se ver por cima o imenso canteiro de obras, com sua atividade ininterrupta, fornecendo como música de fundo a inconfundível sinfonia da construção civil.

Cláudia e seus colegas de trabalho vão se tornando, aos poucos, figuras familiares a quem trabalha ou passa frequentemente pelo local.  Simone e Edilene também trabalham ali, não exatamente no canteiro de obras, mas instaladas no escritório em frente, onde um dia existiu o Café Raiz. Foi ali que, na tarde de 24 de janeiro, as duas moças, encarregadas da comunicação com a comunidade, conversaram como o Radar e responderam perguntas, de forma solícita e atenta.

Mostraram gráficos, fotos e estimativas, apresentaram uma infinidade de informações e explicaram que a construção desta estação "já ultrapassou os 10%". E diante da pergunta que nunca quer calar, pois interessa a todos, que é "quando ficará pronta? ", elas respondem, com um sorriso de quem já respondeu muitas vezes a esta pergunta, que a previsão é de "no máximo 5 anos".

A PUC-SP, se já não tivesse sido imortalizada de várias formas, o seria, agora, ao dar nome a uma estação de Metrô na maior cidade da América do Sul, mesmo que metrópoles como Seul e Cidade do México se perguntem por que temos menos quilômetros de Metrô do que elas.

O Radar FUNDASP manterá uma seção permanente de informações sobre o Metrô PUC.

 

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Imagem por: Projeto Casulo Pra Rua.

MST, 38 ANOS. IGOR FELIPPE SANTOS, IDEM

O MST, Movimento Sem Terra, é considerado, por um conjunto bastante diversificado do amplo espectro político-ideológico nacional e internacional, como o maior e mais importante movimento social do Brasil. Mesmo os seus maiores detratores não ignoram sua relevância e respeitabilidade. Tendo como pedra-de-toque aquela que é, talvez, a mais intocável e insuperável questão na formação social e política brasileira -  a questão da propriedade da terra -, o MST caminha para sua quarta década de existência consolidado e significativamente enraizado em todo o país. É o mais longevo movimento social que o Brasil já teve depois da redemocratização, pelo menos. O MST vem celebrando seus 38 anos por vários eventos, o que culminará no dia 17 de abril com uma grande manifestação do Dia de Luta pela Terra.

Uma história tão longa, rica e complexa vai se tornando inenarrável na sua totalidade, ainda mais em espaço tão exíguo como este, mas pode-se trazê-la um pouco mais para perto singularizada na voz e experiência de um jovem ex-aluno, Igor Felippe Santos, que é coordenador do setor de comunicação do MST.

Igor formou-se em Jornalismo na PUC-SP em 2004 e desde então engajou-se na militância do MST. São já 18 anos "na estrada" de um movimento com o qual divide também a idade: 38 anos. Igor resume sua narrativa numa frase, nas fotos e suas legendas: "MST, 38 anos. Um orgulho contribuir e fazer parte dessa história de luta! ".  Segue a narrativa cronológica de Igor, forçosamente abreviada aqui, a partir de sua própria trajetória:

imagem topo 2005 – Marcha Nacional Goiânia-Brasília em maio de 2005, minha primeira atividade de massa nacional do movimento.
imagem topo 2006 – Ato político contra a criminalização dos movimentos populares, na mística, no TUCA, PUC-SP.
imagem topo 2007 – Congresso Nacional de 2007, na tarefa de coordenação da assessoria de imprensa.
imagem topo 2009 – Fórum Social Carajás, parada no trajeto de Marabá para Belém.
imagem topo 2011 – Trabalho final do curso na UFRJ, porque o estudo é um valor da organização.
imagem topo 2014 – Congresso Nacional do MST.
imagem topo 2018 – Feira da Reforma Agrária, com o saudoso Joaquin Kima.
imagem topo 2019 – Reunião do Comitê Lula Livre depois da libertação de Lula.

A Fundação São Paulo já manteve convênio com o MST para o ingresso de membros do movimento na PUC-SP.

 

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Mosaico da Catedral da Sé em homenagem a São Paulo Apóstolo. É obra do artista italiano Marcello Avenali. Foi feita em Ravena, na Itália, um dos mais importantes centros de produção de mosaicos do mundo. Crédito imagem: Camilo Cassoli.

A FUNDASP NÃO DEIXARÁ
NINGUÉM FORA DA PUC-SP!

A PUC-SP anunciou na última semana a aplicação de reajuste das mensalidades para o ano 2022 em patamares de 9,0%, menor do que o índice máximo possível estabelecido pelo SEMESP (entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil), que foi de 11,69%. O índice aplicado, em torno de 9,0%, foi o mínimo possível necessário para fazer frente às majorações obrigatórias e incontornáveis da instituição, como o dissídio coletivo dos docentes, a necessidade de manutenção do custeio didático-pedagógico e a criação de novas estruturas ligadas à tecnologia da informação e melhoria e criação de infraestruturas para a retomada da pandemia. Esta decisão foi aprovada pelo Conselho Universitário da PUC-SP e pela FUNDASP.

Em que pese a majoração das mensalidades, é fundamental não perder de vista o conjunto das ações: a FUNDASP já garante, neste momento, mais de 1.700 bolsas de estudos filantrópicas e abrirá novo edital de bolsas neste primeiro semestre de 2022 para cerca de 220 novas bolsas integrais. A instituição mantém a oferta de bolsas de estudo filantrópicas em patamares superiores ao previsto em legislação: uma bolsa para cada cinco alunos pagantes, 20,4% de alunos bolsistas no universo total de alunos.

Além disso, a Secretaria Executiva da Fundação São Paulo mantém permanente e amplificada janela de considerações de casos particulares e excepcionais, trabalhando firmemente com o princípio: "nenhum aluno fora da PUC-SP".

 

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FUNDASP NO PROGRAMA JOVEM APRENDIZ

A Fundação São Paulo acaba de aderir ao Programa Jovem Aprendiz. Como se sabe, este Programa, de âmbito federal, representa a oportunidade para os jovens de 14 a 24 anos que precisam ingressar no mercado de trabalho de forma compatível com sua condição de estudantes.

Desta forma, estudam e, ao mesmo tempo, passam a se desenvolver em uma atividade profissional remunerada, na condição especial de aprendizes.

A empresa que adere ao Programa, passa a oferecer vagas de trabalho, e cada interessado se inscreve na plataforma destinada a isto, que conecta candidatos e empresas/instituições.

A FUNDASP está ultimando as providências para começar a receber os jovens aprendizes, já neste primeiro semestre de 2022, e o Radar dará informações mais detalhadas na próxima edição.


Para sugestões, comentários, correções ou para simples interações mande e-mail para: rachelbal@fundasp.org.br